A consagração de Jenson Button
Tudo o que é bom dura pouco. Os brasileiros estavam eufóricos com a pole position de Rubens Barrichello, conquistada no sábado, embaixo de muita chuva. Mas dessa vez, ela não apareceu e foi o Sol quem deu o ar da graça. O astro-rei brilhou para Jenson Button, que se sagrou campeão mundial, no país de seu companheiro de equipe. Com a conquista, o inglês entrou para a lista dos campeões da Fórmula 1.
O piloto inglês resolveu provar ao mundo porque era o candidato ao título e partiu para cima dos seus adversários. Se aproveitou dos acidentes ocorridos após a largada e da inexperiência dos pilotos que estavam à sua frente. Um japonês resolveu dificultar as coisas e deu trabalho ao inglês. Pilotando uma Toyota, Kobayashi fechou a porta durante 20 voltas, mas depois de tanta pressão, Button conseguiu ultrapassar o japonês. Ele estava com pressa de soltar o grito de campeão, da garganta.
Rubens Barrichello largou bem, mas perdeu a primeira posição no primeiro pit-stop. O piloto australiano Mark Webber assumiu a pole, abriu uma boa vantagem e na hora de fazer as paradas para troca de pneus e reabastecimento, voltou sempre na frente. O piloto brasileiro ainda teve a infelicidade de perder rendimento do carro e ter um pneu furado. Esses fatores fizeram ele cruzar apenas em oitavo, três posições atrás de Jenson Button, que cruzou em quinto. Webber venceu a prova seguido do polonês Robert Kubica em segundo, e o inglês Lewis Hamilton em terceiro.
Mais uma vez, Barrichello perde a chance de conquistar um título na F1
A próxima corrida em Abu-Dhabi, nos Emirados Árabes, será uma disputa medíocre entre Rubinho e o piloto alemão Sebastian Vettel pelo vice-campeonato, que, francamente, não vale nada. Button vai passear pela pista ainda com fôlego para cantar "We are the champions!", enquanto Barrichello vai pilotar dizendo consigo mesmo "Eu sou brasileiro e não desisto nunca". A sina do piloto brasileiro de bater na trave em tentar conquistar um título mundial continua.
Na próxima temporada, há a possibilidade de ele ir para a equipe Williams na esperança de ter um carro competitivo. O problema é que seus companheiros sempre ganham as atenções especiais da equipe e o tornam segundo piloto. Foi assim com Schumacher na Ferrari, e com Button na Brawn. É possível que o filme se repita na Williams em 2010.
Fotos: globoesporte.com
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