domingo, 26 de outubro de 2008

A atitude precoce

Nosso país está mergulhado por uma onda de crimes, principalmente os passionais, que são destaque na mídia, mas que depois de meses são transformados em cinzas que se dissipam numa corrente de vento. O jovem Lindemberg, que não tinha antecedentes criminais, passou a ser um criminoso odiado pela população brasileira por ter feito a ex-namorada Eloá e a amiga reféns, por causa de motivos passionais. Ele efetuou três disparos ferindo as jovens, sendo Eloá a vítima fatal por ter levado um tiro na cabeça. Um ato desvairado de uma pessoa que pensou que a vida havia acabado por não ter mais o amor da adolescente de 15 anos. Depois de alguns meses, muitos esquecerão desse assunto, e os jovens não irão tirar lição alguma desse fato.

Será que há a obrigação de não investir-se nos estudos e concentrar-se apenas nos assuntos do coração? Viver apenas do namoro? Sentimento não dá dinheiro, objeto vital deste mundo capitalista que vivemos, mas sim o suor do esforço e dedicação nos estudos e trabalho. Hoje, os namoros estão muito precoces, e isso é um problema porque é um fato que coloca em risco a educação dos jovens. Ao invés de estudarem e se preocuparem com o futuro, eles querem namorar. Por um lado estão certos. Namorar é saudável, faz bem para a alma. Por outro, transformam o namoro como uma necessidade para satisfazer um vazio ou para criar uma imagem popular com os amigos, principalmente quando namoram sem compromisso. Ficam com um, outro dia ficam com outro. É um processo de usar uma pessoa para depois jogá-la fora.

As moças dizem que gostam de romantismo e de rapazes que tenham bom papo. Que conversa um jovem que não quer nada com nada com os estudos e sem um conhecimento e vocabulário diferenciados pode ter? O erro principal está nas meninas que começam a namorar cedo demais, como também as que não sabem escolher os companheiros. Namoro não é brincadeira. É sinal de respeito, carinho e atenção. Caso contrário, pode transformar-se em um problema de proporções midiáticas.

Nenhum comentário: